ATA DA CENTÉSIMA DÉCIMA
QUINTA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA
LEGISLATURA, EM 21-11-2012.
Aos vinte e um dias do mês
de novembro do ano de dois mil e doze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores
Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Elói
Guimarães, Engenheiro Comassetto, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, José Freitas, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Tarciso Flecha Negra, Valter
Nagelstein e Waldir Canal. Constatada a existência de quórum, o senhor
Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram
os vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Dr. Goulart, Dr. Thiago Duarte, Elias
Vidal, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Kevin Krieger, Luiz Braz, Márcio
Bins Ely, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Paulinho Rubem Berta,
Pedro Ruas, Professor Garcia, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. À MESA, foi
encaminhado o Projeto de Lei do Legislativo nº 174/12 (Processo nº 2310/12), de
autoria do vereador Professor Garcia. Do EXPEDIENTE, constaram Ofícios do Fundo
Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, emitidos nos dias dezessete e dezoito
de outubro do corrente. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da
Centésima Primeira, Centésima Segunda, Centésima Terceira, Centésima Quarta,
Centésima Quinta, Centésima Sexta e Centésima Sétima Sessões Ordinárias. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Engenheiro Comassetto, João
Antonio Dib, Idenir Cecchim, Engenheiro Comassetto e João Antonio Dib. Às quatorze
horas e cinquenta e cinco minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às quinze horas e três minutos. Em COMUNICAÇÃO DE
LÍDER, pronunciou-se o vereador Pedro Ruas. Após, o vereador João Antonio Dib
formulou Requerimento verbal, posteriormente retirado, solicitando alteração na
ordem de apreciação da matéria constante da Ordem do Dia. Em prosseguimento, a
vereadora Sofia Cavedon formulou Requerimento verbal, solicitando alteração na
ordem de apreciação da matéria constante da Ordem do Dia. Às quinze horas e
doze minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às
quinze horas e vinte e sete minutos. A seguir, foi aprovado Requerimento verbal
formulado pelo vereador João Antonio Dib, solicitando a retirada do Projeto de
Lei Complementar do Executivo nº 004/12 (Processo nº 0911/12) da priorização
para a Ordem do Dia da presente Sessão. Às
quinze horas e trinta minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada
a ORDEM DO DIA. Após,
foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador Bernardino
Vendruscolo, solicitando a retirada do Requerimento nº 044/12 (Processo nº
1161/12) da priorização para a Ordem do Dia da presente Sessão. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi
rejeitado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 006/12 (Processo nº
1409/12), considerando-se mantido o Veto Total oposto, por nove votos SIM,
dezessete votos NÃO e quatro ABSTENÇÕES, após ser discutido pelos vereadores
Carlos Todeschini, Dr. Thiago Duarte e João Antonio Dib e pela vereadora Maria
Celeste, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Carlos
Todeschini, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Maria
Celeste, Pedro Ruas e Sofia Cavedon, votado Não os vereadores Alceu Brasinha,
Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, José Freitas, Kevin Krieger, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Mario Manfro,
Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Sebastião Melo, Tarciso
Flecha Negra e Waldir Canal e optado pela Abstenção os vereadores DJ Cassiá,
Dr. Goulart, Dr. Thiago Duarte e Valter Nagelstein. Em Discussão Geral e
Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 090/12
(Processo nº 1264/12), por vinte e seis votos SIM, tendo votado os vereadores
Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Goulart,
Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir
Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Freitas, Kevin Krieger, Luiz
Braz, Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro,
Pedro Ruas, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Valter
Nagelstein e Waldir Canal. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o
Projeto de Lei do Legislativo nº 127/10 (Processo nº 2710/10), por vinte e oito
votos SIM, tendo votado os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Bernardino
Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Goulart, Dr. Thiago Duarte, Elói
Guimarães, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João
Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Freitas, Kevin Krieger, Luiz Braz, Márcio
Bins Ely, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Pedro
Ruas, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra,
Valter Nagelstein e Waldir Canal. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o
Projeto de Resolução nº 028/12 (Processo nº 1228/12). Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 175/11 (Processo nº
3497/11), após ser discutido pelos vereadores Adeli Sell, Carlos Todeschini,
Airto Ferronato, Engenheiro Comassetto e Bernardino Vendruscolo e pela
vereadora Sofia Cavedon. Às dezesseis horas e vinte e nove minutos, o senhor
Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Preliminar,
estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei do Executivo nº 053/11, discutido
pela vereadora Sofia Cavedon; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº
156/12 e o Projeto de Lei do Executivo nº 045/12, discutidos pela vereadora
Sofia Cavedon. Ainda, a vereadora Sofia Cavedon manifestou-se durante o período
de Pauta. Durante a Sessão, as vereadoras Sofia Cavedon e Fernanda Melchionna e
os vereadores Valter Nagelstein, Engenheiro Comassetto e João Antonio Dib
manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Também, foi registrada a presença,
neste Plenário, do senhor Guilherme Socias Villela, eleito vereador em Porto
Alegre para a próxima Legislatura. Às dezesseis horas e trinta e cinco minutos,
o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores
vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos
vereadores Mauro Zacher e Carlos Todeschini e secretariados pelo vereador
Carlos Todeschini. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e
aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Quero saudar a presença do nosso ex-Prefeito e
agora Vereador eleito, Dr. Villela. Muito obrigado, seja muito bem-vindo. Esta
Câmara aguarda a sua posse no dia 1º de janeiro de 2013.
O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra
para uma Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Mauro Zacher; meus colegas Vereadores e Vereadoras, senhoras e
senhores, venho a esta tribuna, em nome das Bancadas de oposição, para
registrar uma preocupação sobre um tema que teremos de enfrentar na Ordem do
Dia de hoje, que é o Projeto das Repots, Ver. João Antonio Dib. Nós fizemos um longo debate, uma longa análise a respeito deste Projeto e chegamos
à conclusão de que, mesmo com Emendas, é um Projeto que não ajuda a qualificar
a cidade de Porto Alegre. Quando falamos em construir um projeto para o
incentivo às empresas geradoras de tecnologia, ele precisa ser muito mais do
que gravar no Plano Diretor um determinado território. Mesmo com a proposição
apresentada no Projeto de Lei, que apresenta a Região do 4º Distrito, o Centro
da Cidade e um percurso ao longo da Ipiranga, as empresas de tecnologia que ali
forem se instalar podem aumentar os índices.
Agora, como podemos propor
um Projeto que é para ser de incentivo ao desenvolvimento tecnológico, se o
Projeto não trata da possibilidade de incentivo fiscal? O Projeto não trata da
possibilidade da qualificação de recursos humanos para essa área; o Projeto não
trata do tema de incentivo de recursos para investimento nesse tema; então,
chegamos à conclusão de que deveríamos nos debruçar sobre este Projeto para
melhorá-lo e qualificá-lo, apresentando uma proposta, como fizeram Curitiba,
Recife, Florianópolis, num programa de desenvolvimento de tecnologia, para, aí,
sim, priorizarmos algumas tecnologias como a da informação e da comunicação.
Este é o primeiro registro.
O segundo registro, e
que nos preocupa, é que, lá no Conselho do Plano Diretor, o Projeto apresentado
foi rejeitado pelas oito Regiões do Planejamento, e, se essas Regiões que têm
que discutir com o Secretário a análise desses projetos para se instalarem na
Cidade rejeitam essa proposta, como nós vamos tornar isso realidade na Cidade,
sob o ponto de vista da afirmação da democracia e da participação da sociedade
no desenvolvimento da Cidade?
E o terceiro registro eu trago aqui porque fui
pesquisar e trago para o Governo esse tema: a Câmara recebeu, no dia 24 de
outubro, uma determinação judicial mandando anular um conjunto de leis que
aprovamos aqui referentes ao Plano Diretor por não ter havido a realização das
Audiências Públicas a respeito do tema. Então, tenho aqui o ofício do dia 24 de
outubro, assinado pelo Desembargador Dr. Armínio Abreu Lima da Rosa, que determina
que é inconstitucional um conjunto de leis que aprovamos aqui nesta Casa,
dentre elas a Lei nº 603, todas elas relacionadas ao Plano Diretor.
Sr. Presidente, quero concluir trazendo essa
preocupação e dizendo que nós recebemos, na Casa, na segunda-feira, um pedido
de Audiência Pública acerca do tema das Repots. Há esses precedentes que aqui
trago, há essas insuficiências técnicas que nós estamos trazendo para o debate,
e eu creio que seria inteligente, por parte da cidade de Porto Alegre, se nós
pudéssemos nos debruçar sobre o Projeto, qualificá-lo e aí, sim,
tranquilamente, aprovarmos um Projeto que seja construído pela maioria e que
realmente atraia as empresas de desenvolvimento tecnológico para que aqui se
instalem. Venho aqui, em nome das Bancadas de oposição, trazer essa
preocupação, esse registro, na abertura dos trabalhos, para que possamos
dialogar.
E também, Sr. Presidente, Ver. Mauro Zacher, eu
gostaria que V. Exa. informasse todas as Bancadas – porque esse tema nós não
debatemos em reunião de Mesa – sobre a ADIn que a Câmara acaba de receber, que
V. Exa. acaba de receber, a respeito da inconstitucionalidade de um conjunto de
leis relacionadas ao Plano Diretor que aprovamos, por não termos feito o
processo das Audiências Públicas. Peço, aqui, que façamos uma reunião de
Líderes ainda para analisar esse trabalho. Um grande abraço. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB: Sr. Presidente, Ver. Mauro Zacher; Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras,
meus senhores e minhas senhoras, na realidade, eu tenho muitas dificuldades – e
eu estou falando pelo meu Partido, não pela Liderança do Governo. Entra na Casa
do Povo de Porto Alegre um Projeto há sete meses e
meio, pouco mais do que isso, e, depois disso, quando não faltam 30 dias para o
término da Sessão Legislativa e da Legislatura, pedimos Audiência Pública
porque não o estudamos. Diria que é a decretação da falência do sistema; não
pode ser outra coisa, porque nós, Vereadores, não tivemos a responsabilidade de
examinar o Projeto do Executivo, que é do interesse da Cidade. O Projeto veio
para cá no início do mês de abril; só foi dado parecer, na Comissão de
Constituição e Justiça, no dia 2 de julho; no dia 4 de julho, pedi que fosse
votado pelo art. 81, foi aceito, foi colocado na Ordem do Dia, não foi votado
em julho; quatro meses depois, não votamos ainda, e agora estão pedindo
Audiência Pública, mas a Legislatura se encerra. O que nós fazemos? O que nós
fizemos? Não é o que faremos, é o que é que nós fizemos ao longo de mais de
sete meses e meio que não o examinamos?
Agora o Instituto dos
Arquitetos do Brasil traz um documento – assinado hoje –, dizendo que não está
de acordo, mas eles nem sabem o que aconteceu no Projeto. O Ver. Newton Braga
Rosa, que é uma pessoa que realmente entende do assunto, fez Emendas capazes de
modificar o Projeto, e, segundo ouvi há pouco, são Emendas aceitáveis. Não
estou entendendo por que estamos falando agora em Audiência Pública. Está na
Ordem do Dia; o Executivo e o Legislativo são Poderes independentes e
harmônicos, na forma do art. 2º da Lei Orgânica, e eu acho que temos que
exercer a nossa responsabilidade de dar solução. Podemos rejeitar o Projeto,
podemos ter a coragem cívica de tomar a decisão; agora, depois de sete meses e
meio, no término da Legislatura – não terá mais do que 30 dias esta Legislatura
–, vamos fazer uma Audiência Pública? Quando, como e por quê? Será igual à de
1º de agosto deste ano, quando fizemos uma Audiência Pública para votar no dia
seguinte o Projeto da troca de índice na desapropriação e levamos mais de dois
meses, depois do dia 2 de agosto, para aprovar o Projeto?
Então, acho que
estamos andando muito devagar, a nossa responsabilidade continua a mesma; nós
vimos aqui representar o povo, consequentemente o Executivo também, e acho que
precisamos votar. Agora, não estou pedindo para a oposição votar a favor ou
contra: estou pedindo que votem, que mostrem a sua responsabilidade, e não
depois de sete meses e meio, mais do que isso, quase oito meses, pedir uma
Audiência Pública, para fazer igual àquela de 1º
de agosto, onde oito Vereadores compareceram, não simultaneamente, três falaram
e três representantes da população também falaram, e o total de pessoas na
Audiência Pública não chegava a quarenta. Então, nós nos eximimos da nossa
responsabilidade e transferimos para a Audiência Pública, mas nós não ouvimos o
público. Vamos ali e fazemos o discurso, mas de discurso o País está cheio! Nós
precisamos de solução. E a solução pode ser: “Não! Eu não estou dizendo que
seja assim”. Então, eu peço que cada um exerça a sua responsabilidade de
Vereador e vote o projeto. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Obrigado,
Ver. João Antonio Dib.
O Ver. Idenir Cecchim
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Ver.
Mauro Zacher; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, senhores presentes, Fiscais
da nossa Prefeitura, que também têm uma luta justa, porque nós conhecemos bem o
trabalho que eles fazem pela Cidade; Ver. Valter Nagelstein, sabemos muito bem
que se expõem, como trabalham, os riscos que correm, e não é justo que sejam
uma categoria com os vencimentos e o reconhecimento reduzidos em relação a
outras. Acho que está na hora de nós fazermos uma relação equânime com quem
trabalha muito, com quem presta inestimáveis serviços para a cidade de Porto
Alegre. Então, tenho certeza de que nós falamos em nome da nossa Bancada, do
PMDB, do Ver. Professor Garcia, do Ver. Valter Nagelstein, do Ver. Sebastião
Melo, que foi eleito Vice-Prefeito, para que todos juntos possamos engrossar
essas fileiras e resolver, de uma vez por todas, esses problemas.
Nós vimos, nesta
semana, uma derrocada das instituições. Nós vimos, no Brasil inteiro, o
sucateamento das universidades federais. No domingo, Professor Garcia,
apareceu, no programa Fantástico, a Universidade Federal do Rio de Janeiro, e
isso é uma vergonha nacional. Isso ocorre em quase todas as universidades.
Antes, assistimos a uma reportagem sobre as Escolas de Medicina Federais de
alguns Estados completamente destruídas. E eu pergunto: o Governo do Presidente
Lula, nesses últimos oito anos, agora com os mais dois anos da Presidente
Dilma, esqueceu que tem responsabilidade com as universidades? Eu não posso
entender isso, pois o PT que fez uma coisa boa, o ProUni, que privatizou o
ensino, não podia ter se descuidado das universidades! Não pode se descuidar da
Universidade Federal! Nós temos uma estrutura, professores, mas os prédios, os
laboratórios estão completamente destruídos. Então, nesses anos todos do
Presidente Lula, nós tivemos alguns avanços, mas tivemos o sucateamento da
Saúde, da Educação – que é de responsabilidade do Governo Federal, que ficaram
atiradas às traças –, das cadeias, dos presídios. Aqui, o Rio Grande do Sul é o
campeão do desrespeito. E isso não é só com os presos; o desrespeito é com o
povo gaúcho, pois temos aqui no Rio Grande um dos piores sistemas
penitenciários do Brasil. Está na hora de o Governador Tarso Genro começar a
governar. Está certo que ele está liderando um governinho, um pequeno governo
para o tamanho do Rio Grande do Sul. Está na hora de ele fazer alguma coisa
para dar uma melhorada na autoestima. Eles pegam os grandes investimentos para
o Rio Grande do Sul, quase todos, e quando tem um investimento que vai
acontecer daqui a algum tempo... Essa de anunciar o carro elétrico é fazer uma
gozação com a inteligência das pessoas! Ainda não conseguiram terminar esse
projeto na França, e o Governador, para justificar a sua visita ao Presidente
Hollande, vem com essa do carro elétrico fabricado no Rio Grande do Sul.
Perderam todas as empresas, a Ford, tudo; perderam por incompetência, perderam
a fábrica de semicondutores Eike Batista lá para Minas Gerais. Então, o Governo
Rio Grande do Sul não precisa mais se queixar do Governo Federal; tem é que
trabalhar! O Governo do Rio Grande, através do Tarso Genro, precisa arrumar
esse governinho que ele está fazendo.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Quero saudar a presença dos Fiscais que estão em
nossas galerias na pessoa do Presidente da Associação, o Juarez. Sejam muito
bem-vindos. Esta Casa sempre tem as portas abertas para as suas demandas.
O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, eu vou dividir a minha fala em três
pontos. Primeiro, eu quero só dizer ao Ver. João Antonio Dib que esta Casa é a
Casa do Povo; portanto, nós não podemos ir contra a possibilidade da afirmação
da democracia e da participação da sociedade. Audiência Pública, sobre Projetos
desta Casa, é Lei Orgânica! Ninguém pode negar isso. E nós não fizemos.
Portanto, teremos de fazer.
Segundo: está aqui uma ADIn que a Casa recebeu,
anulando um conjunto de leis aprovadas aqui, porque a Casa não realizou as
Audiências Públicas. Nós vamos persistir no erro? Claro que não.
Também quero cumprimentar os Fiscais que aqui estão
e já trazer mais um ponto, Ver. Cecchim. Os Fiscais que estão aqui sofrem no
dia a dia pela falta de conclusão da política pública no que diz respeito ao
tema do licenciamento. Nós fizemos, sabiamente, e o senhor coordenou, a
instalação do licenciamento provisório, do Alvará Provisório na cidade de Porto
Alegre, que pode ser renovado uma vez, duas vezes, três vezes, porque isso está
condicionado à regularização fundiária ou ao habite-se da casa, do prédio e
assim sucessivamente. Esse prazo já venceu, e a Prefeitura de Porto Alegre não
elaborou um programa para regularizar esses prédios, para fazer com que possam
ter o habite-se e um alvará definitivo.
Então, nós recebemos aqui na Casa, diariamente,
esse problema – e já que os fiscais estão aqui, porque é um dos problemas que
enfrentam no tema da fiscalização e do licenciamento –, e eu venho aqui, sim,
cobrar do Governo Municipal, da Secretaria Municipal do Planejamento, junto com
a SMIC, que completem esse ciclo, fazendo com que os programas de regularização
habitacional sejam realidade e que os programas da regularização fundiária
também sejam realidade.
Vereador Cecchim, o senhor vir aqui nesta tribuna
fazer coro com o falecido Antônio Carlos Magalhães. E nós sabemos que o senhor
está ao lado do Fernando Henrique Cardoso. Todos sabem também que a Ford foi
uma montagem, uma armação política e decisão judiciária já derrubando todas
aquelas calúnias que, na época, muitos criaram contra o ex-Governador Olívio
Dutra.
E aí, fazer uma análise e atirar pedra com telhado
de vidro é a coisa mais fácil que tem. O senhor teria de vir aqui a esta
tribuna não só elogiar, como trazer sugestões ao Governador Tarso Genro, que
criou as primeiras diretrizes, os primeiros acordos. E nós sabemos que a
política internacional e o atrativo de empreendimentos começam pela agenda
política. Tem de ter uma agenda política; depois, tem de ter uma agenda de
desenvolvimento tecnológico, tem de ter uma agenda de incentivos fiscais e tem
de ter uma agenda de qualificação de recursos humanos. Portanto, na tecnologia
automobilística elétrica – e o mundo avança no seu desenvolvimento, nós ainda
não iniciamos, mas temos de iniciar. E esse acordo firmado na França pelo
Governador Tarso Genro e pelo Presidente francês é uma grande iniciativa e um grande
avanço. Muitos dos senhores criticavam quando a Presidenta Dilma, junto com o
Governo Olívio Dutra e o Deputado Villaverde, lançaram os parques eólicos, e
hoje eles estão aí, são realidade e trazem grande desenvolvimento para o Rio
Grande do Sul. É aqui em Osório, é um bilhão e meio lá no Chuí, é mais um
bilhão em Livramento... E a realidade é que o Brasil hoje já está com 42% da
sua matriz energética oriunda de fontes renováveis. Esse é o caminho a ser
seguido, e o Governador agiu e age corretamente, brilhantemente, com a sua
inteligência, trazendo e marcando o Estado do Rio Grande do Sul como um Estado
pioneiro e de vanguarda. Um grande abraço e muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pelo Governo.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Mauro Zacher; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras,
meus senhores e minhas senhoras, em primeiro lugar, quero agradecer ao Ver.
Engenheiro Comassetto pela aula que acaba de me dar informando-me, já que eu
não sabia, que aqui é a Casa do Povo, e o povo pode falar. Eu não sabia. Eu até
achei que não era verdade, porque já ouvi, assisti, presenciei Audiências
Públicas aqui e eu não falei, eu ouvi, mas ouvi mais Vereadores falando do que
o próprio povo. Mas o Ver. Engenheiro me deu uma aula, e eu aceito. Agora, não
pode desfazer o que eu disse antes sobre a responsabilidade que o representante
do povo tem para com o povo e para com a Cidade, isso ele não pode fazer.
Nós temos seis Comissões. O Projeto entrou aqui no
início do mês de abril. Para que passasse na primeira Comissão, que é a
Comissão de Constituição e Justiça, eu tive de pedir em julho, pois até então
estava lá e não tinha Parecer. Aí, na forma da Lei Orgânica – e agora aprendi
mais um pouco sobre Audiência Pública –, pedi que fosse incluído na Ordem do
Dia, na forma do art. 81. Até segunda-feira, agora, ninguém falou no assunto, e
eu não conseguia fazer votar. Aí veio o representante do Plano Diretor dizer
que precisava de uma Audiência Pública. Ora, nós representamos ou não
representamos o povo? Nós assumimos as nossas responsabilidades ou não
assumimos as nossas responsabilidades? Nós temos seis Comissões; talvez, se
essas seis Comissões tivessem falado, chegaríamos a um acordo em razão das
alterações que devem ser feitas. Agora, admira-me que o Instituto dos
Arquitetos do Brasil, que é uma entidade organizada e eficiente, sem dúvida
nenhuma, participe do Plano Diretor só no dia de hoje – 21 de novembro. Traz um
documento pedindo que haja uma Audiência Pública. Espera um pouquinho: o
gabinete do Ver. João Dib, Líder do Governo, está sempre com a porta aberta.
Não entrou ninguém ali para me pedir que se providenciasse uma alteração. O
Ver. Newton Braga Rosa, quando assumiu aqui, trouxe Emendas que melhoraram, e
autores desse abaixo-assinado também concordam que as Emendas melhoram. Acham
que têm que ser discutidas em Audiência Pública. Eu volto a dizer: nós temos
seis Comissões; uma delas falou, as outras não se manifestaram.
Nós estamos a pouco menos de 30 dias da última
Sessão Ordinária desta Casa, que vai ser no dia 19 de dezembro; hoje é dia 21
de novembro, então são 28 dias. Será que nós vamos fazer Audiência Pública e
votar? Não, nós não vamos fazer isso. Nós vamos representar o povo dizendo sim
ou não ao Projeto com a nossa responsabilidade por aquilo que nós temos que
analisar e não levando para as calendas gregas a solução do problema. Não é do
que nós precisamos: nós precisamos é de solução, e a solução pode ser o não. Eu
não disse que tem que dizer sim, pode ser não, basta ter a coragem de dizer
não. Mas tem que votar, tem que dizer por que não quer, tem que mostrar que
examinou, estudou e que sabe o que está escrito aí. Então, eu fico de acordo e
acho que nós representaremos bem o povo, dando a nossa opinião segura,
abalizada e estudada. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Vereador-Presidente, Mauro Zacher, eu queria fazer um questionamento a
V. Exa. e uma sugestão. Ver. João Antonio Dib, todos nós recebemos hoje um novo
pedido de Audiência Pública, dessa vez assinado por dez entidades da sociedade
civil. Todos os Vereadores receberam, V. Exa. também, a partir de
segunda-feira. Nós sabemos que as Lideranças priorizaram a votação desse
Projeto na segunda-feira, porém fomos interpelados pela sociedade. Não é
qualquer pedido de Audiência. Hoje são dez entidades, na segunda-feira é o
Fórum das Entidades, o Instituto dos Arquitetos do Brasil, ou seja, a
representação da sociedade civil está solicitando a esta Casa uma Audiência
Pública. Eu lembro da nossa Lei Orgânica no que se refere ao direito à
informação, que ela, na verdade, determina à Mesa Diretora e a esta Casa que
chame Audiência Pública. Então, eu pergunto a V. Exa. se há uma deliberação da
Mesa. Se não houver – porque não houve reunião –, ouso sugerir a V. Exa. uma
reunião de Líderes, aqui no plenário mesmo, para vermos como vamos, enquanto
Câmara, responder ao pedido da sociedade.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, nós queremos deixar a posição do
PSOL no mesmo sentido. As entidades representativas da sociedade solicitam uma
Audiência Pública e, na nossa opinião, é obrigação desta Câmara conceder. Em
razão de não ter havido reunião, acho que uma reunião com os Líderes talvez
seja um bom encaminhamento, e nós referendamos a proposta da Ver.ª Sofia.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Sr. Presidente, nós estamos recebendo aqui hoje um grande contingente de
Fiscais do Município de Porto Alegre, especialmente aqui estão os Fiscais da
SMIC e os Fiscais do Procon, que fazem um trabalho de interesse público,
inestimável, em favor da sociedade porto-alegrense. Mas esses Fiscais aqui
estão porque tinham uma informação – essa é a solicitação que eu trago a V.
Exa., de esclarecimento –, de que estava na Ordem do Dia ou estava para votação
um Projeto de Gratificação, de GIA para os fiscais, que é, na verdade,
justíssimo e muito merecido, mas parece-me que não há nenhum Projeto dessa
natureza. Portanto, em algum lugar surgiu essa informação, que não corresponde.
O que não quer dizer, por outra parte, que não há, da nossa parte, dos
Vereadores – pelo menos eu tenho certeza, pelo que disse o nosso Líder, Ver.
Idenir Cecchim –, o comprometimento de fazer com que essas questões caminhem, e
caminhem de forma séria, para que possamos atender esse contingente de
servidores públicos que merecem toda consideração e respeito.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Mauro Zacher): Ver. Valter, eu não sei de onde veio essa
informação de que nós iríamos votar um Projeto hoje à tarde. Nem poderíamos,
devido ao prazo de 180 dias antes do final da gestão; não podemos aumentar a
despesa com pessoal. Então, não sei de onde veio essa informação. Eu vou
consultar a nossa Procuradoria sobre um Projeto dessa natureza tramitando na
Casa.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Eu requeiro a V. Exa., só para concluir, Sr. Presidente, como já houve
em outras ocasiões aqui na Casa, que o Presidente, com a Comissão de Líderes,
receba uma representação dos Fiscais no Salão Nobre da presidência, ouça essas
demandas para que vejamos o que nós podemos fazer no sentido de ajudá-los. Este
é o Requerimento que eu deixo, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE
(Mauro Zacher): Eu quero ponderar com a Ver.ª Sofia e a Ver.ª
Fernanda, que usaram o microfone de apartes, no que diz respeito a uma
Audiência Pública. Na segunda-feira, na nossa reunião de Líderes, priorizamos
esse Projeto, como sempre, fazendo acordo; naquele momento, não havia ainda o
pedido de Audiência Pública para tratar desse Projeto de Lei. No entanto, quero
registrar que, como fizemos aqui em acordo, nós podemos... Gostaria de convidar
os Líderes a virem até a Mesa para discutirmos se mantemos a priorização ou
não. O fato que quero registrar é que não temos condições de, em menos de 20
dias, realizar uma Audiência Pública; então, dificilmente teremos prazo para
votar ainda nesta Legislatura.
Convido os Srs. Líderes e as Sras. Líderes para
conversarmos sobre a priorização que foi feita na segunda-feira e construirmos
um acordo. Tão logo estabeleçamos a agenda da tarde de hoje, poderemos, sem
problema algum, receber uma comissão de Fiscais para tratarmos do assunto.
Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h55min.)
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher - às 15h3min): Estão reabertos os trabalhos.
O Ver. Pedro Ruas está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. PEDRO
RUAS: Sr. Presidente, Vereadoras e Vereadores, fiquem à vontade debatendo o
tema, porque eu sei que é importante, mas a nossa comunicação pela Liderança do
PSOL, Ver.ª Melchionna, também o é. Eu trago aqui a posição nacional do PSOL,
traduzida na seguinte nota (Lê.): “O PSOL condena mais um ataque militar de
Israel à Faixa de Gaza. Como sempre, em nome de causas supostamente nobres,
como combater o terrorismo, promovem-se as maiores atrocidades, e tudo isso com
a conivência do Presidente Estadunidense Imperialista, Barack Obama.
Israel, ao convocar 75 mil reservistas, indica o
desejo de uma nova escalada na Faixa de Gaza. Somente uma forte e verdadeira
solidariedade internacional pode conter esta possível ofensiva militar. Atos em
todo o mundo acontecem, como denúncia, em solidariedade. O PSOL Nacional conclama
os seus militantes e lideranças a se manifestarem em defesa da Palestina Livre,
e querem do Governo Dilma o cancelamento de relações diplomáticas como primeira
medida imediata. Partido Socialista de Liberdade – PSOL. Brasil.”
Esta posição, Sr. Presidente, Vereadoras e
Vereadores, é a posição nacional, estadual e municipal do PSOL. Nós temos
acompanhado, sabemos que isso não é consenso nesta Casa, sabemos que há
diversas outras maneiras de ver a situação. O PSOL, Ver.ª Fernanda Melchionna,
nos dá orgulho por ter – sempre – posição sobre todos os temas que interessam à
humanidade como um todo, ao nosso País, ao nosso Estado, à nossa Cidade. Nós
vimos, acompanhamos pela imprensa internacional, este verdadeiro genocídio. São
soldados, mas são civis, mortos, mulheres e crianças, pessoas de todas as
idades, numa escalada de violência que não tem fim, numa violência que começa
antes ao impedir os palestinos de Gaza de receberem alimentos, remédios; vivem,
portanto, numa situação dramática. A maior densidade populacional por metro
quadrado de todo o planeta, sem saneamento básico, sem as mínimas condições de
educação! Repito: sem água, comida e remédios!
Este é o tratamento imposto pelo Governo de Israel
aos palestinos da Faixa de Gaza. E agora, tudo isso mais o peso das armas, das
bombas, as mortes absurdas e inaceitáveis que ali ocorrem. Para nós é um
momento dramático, sim, momento muito duro, complicado, porque no mundo inteiro
há manifestações nesse sentido.
Nós, do PSOL, defendemos a existência dos dois Estados:
o Estado de Israel e o Estado Palestino. O que não aceitamos – e isso não tem
nada a ver com o povo israelense, que merece todo o nosso respeito e
consideração – são esses atos do Governo de Israel em relação aos palestinos,
particularmente na Faixa de Gaza. Ali está ocorrendo um verdadeiro crime contra
a humanidade. Por isso, o PSOL se manifestou nacionalmente; encaminhou no
Congresso Nacional esta mesma posição; está encaminhando em todas as instâncias
onde tem voz ativa o mesmo posicionamento. E nós, a Ver.ª Fernanda Melchionna e
eu, respeitando as posições em contrário, queremos deixar clara a posição do
PSOL, a posição oficial do nosso Partido, que espera o fim das atrocidades na
Faixa de Gaza e luta, e vai lutar mais ainda, por uma paz verdadeira no mundo e
na região. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Mais algum Líder de Bancada deseja fazer uso da
palavra? (Pausa.)
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Sr. Presidente, eu só quero fazer um registro: hoje eu não tenho tempo
de Liderança, mas gostaria de, democraticamente, amanhã, fazer o contraponto a
essa posição do Ver. Pedro Ruas, aspirando também à paz, mas colocando o ponto
de vista do outro lado, que luta também pela sua soberania nacional e pelo direito
de existir em paz, com tranquilidade, para que as suas crianças possam ir ao
colégio, para que as pessoas possam viver a sua vida normalmente. Amanhã, no
tempo do PMDB, com a anuência do nosso Líder e da nossa Bancada, farei,
portanto, o contraponto à manifestação feita hoje aqui. Muito obrigado.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Está registrado.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB (Requerimento): Sr. Presidente, solicito que a Mesa coloque em
votação a transferência da apreciação do PLCE nº 004/12 para a próxima
quarta-feira, quando, então, será votado. E os Vereadores que estão tão
interessados poderão, durante uma semana, se reunir com o IAB, que só deu as
caras hoje – o que me entristece profundamente –, e com quem mais quiserem e,
depois, farão as emendas que entenderem necessárias. É claro que, como a
matéria não foi discutida ainda, está em discussão, nós podemos emendar com as
Lideranças que aí estão. Eu acho que é a solução tranquila para o problema, sem
maiores percalços.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, complementando o Requerimento do
Ver. João Antonio Dib, que foi sensível ao pedido que fizemos para poder fazer
um diálogo com os setores da sociedade que buscam esta Casa, eu sugiro a V.
Exa. que determine, na próxima segunda-feira à noite, uma Audiência Pública
sobre o Projeto. Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Ver. Comassetto, já respondendo a sua pergunta,
regimentalmente nós não conseguimos realizar uma Audiência Pública na
segunda-feira, não há prazo para isso. As considerações que nos traz a nossa
assessoria é que nós precisamos de, no mínimo, uns 20 dias para realizar uma
Audiência Pública. O que pode acontecer é alguma Comissão realizar uma reunião
interna para debater o assunto – sugiro que seja a CEFOR – antes da
quarta-feira, desde que acordada pelos Líderes partidários.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Ver. Mauro, eu conversava isso com o Ver. Dib, Ver. Comassetto, que nós
pudéssemos fazer via Comissões. Eu queria fazer um apelo, conversar com os
Líderes e com os Presidentes das Comissões para que pudéssemos chamar uma
reunião conjunta das Comissões numa noite, que fosse segunda ou, no máximo,
terça-feira, que fossem as Comissões a promover para não ficarmos amarrados ao
Regimento. Acho que a Casa ouviria a sociedade civil e amadureceria o tema.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Eu vou retirar o Requerimento, eu acho que não há conciliação. Ora, eu
já disse o que é Audiência Pública, eu já assisti a várias Audiências Públicas,
então, eu acho que nós temos que exercer a nossa responsabilidade: vamos votar.
Vamos rejeitar? Vamos rejeitar! Mas vamos votar, vamos mostrar que nós somos
Vereadores de Porto Alegre!
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Ver. João Antonio Dib, V. Exa. fez um Requerimento
de adiamento da discussão do PLCE nº 004/12 para quarta-feira que vem.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Ver. Mauro, eu solicito a manutenção do Requerimento do adiamento da
votação. Eu vou solicitar, vou manter, vou assumir o Requerimento, porque nós
estamos construindo uma alternativa de discussão nas Comissões. Quem sabe,
Presidente, V. Exa. pudesse suspender a Sessão para construirmos essa
alternativa.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 15h12min.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher – às 15h27min): Estão reabertos os trabalhos. Srs. Vereadores, daremos continuidade aos
trabalhos da Sessão.
O Ver. João Antonio
Dib está com a palavra para um Requerimento.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Sr.
Presidente, os Vereadores reunidos aqui entenderam – e a Liderança do Governo
concorda – que, na terça-feira próxima, às 14h, no Plenarinho, os Vereadores se
reunirão com os representantes do Executivo e com quem mais eles quiserem, para
discutirem o PLCE nº 004/12, e, na quarta-feira, nós poderemos mostrar as
alterações. Portanto, requeiro que seja retirado da priorização da Ordem do Dia
de hoje o PLCE nº 004/12.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. João
Dib. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher – às 15h30min): Havendo quórum, passamos à
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a
retirada de priorização da Ordem do Dia de hoje do Requerimento n.º 044/12.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em votação o
Requerimento, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, solicitando a retirada
de priorização da Ordem do Dia de hoje do Requerimento nº 044/12. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 1409/12 – VETO
TOTAL ao PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 006/12, que altera os arts. 20, parágrafo
único, 26 e 27 e inclui art. 26-A na Lei Complementar nº 677, de 19 de julho de
2011, alterada pela Lei Complementar nº 690, de 17 de fevereiro de 2012,
dispondo sobre regime especial de trabalho e Gratificação de Incentivo Médico
(GIM) de servidores detentores de cargos efetivos de Médico Clínico Geral ou
Médico Especialista.
Parecer:
- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela manutenção do
Veto Total.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 77, § 4º, da LOM;
- votação nominal nos
termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.
Na apreciação do Veto, vota-se o Projeto:
SIM
– aprova o Projeto,
rejeita o Veto;
NÃO
– rejeita o Projeto,
aceita o Veto.
- Trigésimo dia: 20-11-12
(terça-feira).
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em discussão o PLCE
nº 006/12, com Veto Total. (Pausa.)
O Ver. Carlos
Todeschini está com a palavra para discutir o PLCE nº 006/12, com Veto Total.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente,
Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, público que nos assiste, nós recebemos aqui
o PLCE nº 006/12, com Veto Total, e o surpreendente, Ver. Adeli, é que é um
Projeto que veio do Executivo. O Executivo propôs aqui que nós o aprovássemos,
nós o aprovamos, e agora o Executivo veta o próprio Projeto que enviou para cá,
por erro, por falha grave, por dificuldade. Eu recebi agora, com surpresa, a
priorização de votação da Ordem do Dia. Não tive tempo de examinar o Projeto,
Ver.ª Fernanda, e não sei se o caso trata daqueles médicos que estão inativos,
que receberam também a extensão do benefício ou se é para o conjunto dos
profissionais que atuam no SUS em Porto Alegre.
E nós sabemos de
todas as dificuldades enfrentadas para o atendimento médico nos postos de saúde,
nas unidades básicas de saúde. Portanto, eu queria entender, antes de qualquer
coisa, o que está acontecendo e por que o Governo manda para cá um Projeto e,
depois que ele é aprovado, pede a nulidade dele, com um Veto Total à Câmara.
Acho que isso não é legal.
O Ver. João
Antonio Dib: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver.
Todeschini, errar é humano, e houve um erro. A Lei Eleitoral e a Lei de
Responsabilidade Fiscal estabelecem que, nos dois últimos quadrimestres do
término do período da gestão no Executivo, não pode ser enviado esse tipo de
Projeto. O Executivo está reconhecendo um erro e está afirmando que, no início
da próxima gestão, será enviado novamente o Projeto, pois, nesse momento,
estaria contrariando a legislação vigente. É, portanto, inconstitucional.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Então, como o senhor próprio esclarece, nem deveria ter vindo, pois
serviu, no mínimo, para demagogia eleitoral. Ver. Fernanda, V. Exa. viu para
que serviu o Projeto? Para fazer média, serviu eleitoreiramente. E é assim que
as coisas são tratadas aqui. O próprio Líder do Governo confessa a culpa agora.
Não poderia ter vindo; distorceu, deformou, influenciou a eleição, assim como
aconteceu com um Projeto do DMAE que teve o mesmo vício, se esse for o caso,
pois começou a gerar despesas, também, no último semestre, quer dizer, nem foi
no último período. Vejam só a falta de responsabilidade do Executivo em ter
atitudes deste tipo: mandar Projetos para fazer média, para se dar bem
eleitoralmente. Depois, o Governo toma atitudes, para não sofrer as
penalidades, de vetar o Projeto. Mas ele mesmo enviou para cá. Nós,
infelizmente, não temos tratado as coisas com a seriedade necessária aqui na
cidade de Porto Alegre. Isso é uma flagrante denúncia da demagogia, do
“eleitorarismo”, e do populismo de como as coisas são feitas aqui. Tratar da
Saúde, um caso tão sério, dessa forma é, no mínimo, uma irresponsabilidade
incalculável, porque nós não temos médicos, nós não conseguimos preencher os
cargos, nós não conseguimos contratar. E eu digo nós, como Cidade, que é
representada pelo Executivo, que governa a Cidade e que foi reeleito,
inclusive. Vem esse tipo de Projeto para ser votado e, depois, ele tem que
receber o Veto Total do próprio Executivo, sob as penas da lei. Portanto, é
sobre isso que nós estamos discutindo, é sobre essa matéria que vamos debater
nesse momento. Obrigado pelo esclarecimento, Líder do Governo.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para
discutir o PLCE nº 006/12, com Veto Total.
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Caro Presidente, caros colegas Vereadores e
Vereadoras, eu subo aqui para me posicionar, não poderia ser diferente. Apesar
de orientado pelo Ver. João Antonio Dib, não irei votar porque sou funcionário
público municipal, sou médico municipário, por isso a minha votação fica
impedida neste caso. Mas quero saudar os colegas médicos e tentar explicar um
pouco o que é esse Projeto. Este Projeto estende aos médicos aposentados a
Gratificação por Incentivo Médico e faz também com que essa Gratificação possa
ser incorporada ao salário dos médicos municipários, aos proventos da
aposentadoria, com direito à paridade, desde que tenha sido percebida por cinco
anos consecutivos ou dez anos intercalados e por ocasião da aposentadoria.
Então é um Projeto que efetivamente mostra a sensibilidade do Prefeito no
sentido de tornar a carreira de médico municipal um pouco mais atrativa. É um
Projeto que faz com que nós possamos manter, diferentemente do que foi dito
pelo colega da oposição, os experientes médicos que existem ainda no Quadro do
Município de Porto Alegre. Sem dúvida nenhuma, é um Projeto muito justo, é um
Projeto que faz com que possa melhorar um pouco a situação de
remuneração dos nossos médicos municipais. Eu tenho certeza de que os
Vereadores que porventura tiverem dúvidas, ou até que já se posicionaram contra
aqui, vão rever as suas posições no sentido de, efetivamente, contribuir para
que médicos continuem trabalhando nos postos de saúde de Porto Alegre.
Então, eu quero
render aqui as minhas homenagens ao Prefeito, dizer que é muito justa essa
possibilidade de incorporação da Gratificação de Incentivo Médico e que, sem
dúvida nenhuma, não se poderia deixar os médicos aposentados fora dessa
gratificação que acabou vindo para os médicos municipários, e que,
possivelmente, reverteu muitas situações de exoneração Porto Alegre afora.
Quero mandar um forte
abraço a todos os colegas que diuturnamente salvam pessoas no Município de Porto
Alegre. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLCE nº 006/12, com Veto Total.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Sras. Vereadoras, vamos simplificar lendo a Exposição de Motivos do
Prefeito, onde ele diz (Lê.): “... a proposta encontra obstáculos na legislação
federal que trata de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na
gestão fiscal, a qual veda, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, a
assunção de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele...”
Por outro lado ele
afirma (Lê.): “...este Executivo assume o compromisso de encaminhar novo
Projeto de Lei Complementar, nos mesmos termos desta proposição, no próximo
exercício legislativo...”.
O Executivo está
dizendo que cometeu um erro ao encaminhar este Projeto, mas que é justa a
pretensão dos médicos; eles merecem, vão ser atendidos, mas a legislação atual
torna o Projeto inconstitucional. Portanto, o Prefeito vetou uma iniciativa do
próprio Executivo que não havia sido assinada por ele. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): A Ver.ª Maria
Celeste está com a palavra para discutir o PLCE nº 006/12, com Veto Total.
A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Ver.
Mauro Zacher; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, eu me inscrevi porque falava
agora com o Ver. Dr. Thiago, que fez toda uma argumentação aqui defendendo a
manutenção do Projeto de gratificação, que foi aprovada nesta Casa. Mas o
Prefeito manda o Projeto com Veto Total, ou seja, ele não vai aplicar a
gratificação aos servidores, não irá aplicar a gratificação aos médicos. Por
quê? Porque, irresponsavelmente, ele manda um Projeto contrariando a Lei de
Responsabilidade Fiscal do Município, em período eleitoral, criando uma
gratificação, o que ele não poderia ter feito. Alertado pela Procuradoria, ele
encaminha o Projeto de volta a esta Casa dizendo que estava equivocado, que não
poderia ter feito. Exatamente o que falávamos. Foi uma demagogia eleitoral,
dizendo aos médicos que iria dar a gratificação, em período eleitoral,
inadequado, inoportuno, ilegal, inconstitucional, e por isso manda o Projeto
para cá com o Veto.
Eu falava com o Dr.
Thiago: não entendi a argumentação do Dr. Thiago porque, na CCJ, os Vereadores
da base do Governo estão dizendo que vão manter o Veto. Isso vai acabar com
este Projeto, ele não vai existir mais, portanto não haverá gratificação, Dr.
Thiago – é disso que estamos falando –, a não ser que haja um compromisso do
Prefeito, do Governo, de enviar a esta Casa, nos próximos dias, um outro
Projeto criando essa gratificação. Isso eu não ouvi ainda. O que tenho aqui,
concretamente, é a manutenção do Veto ao Projeto, encaminhado pelo Prefeito Municipal
inadvertidamente, inadequadamente, demagogicamente, com promessas de campanha
que não poderia cumprir e não está cumprindo. Essa é a primeira proposta, Ver.
Pedro Ruas, a primeira propaganda do Prefeito Fortunati que ele não cumpre,
porque tem que mandar para esta Casa um Veto Total ao Projeto de gratificação
aos médicos.
O que encontramos?
Encontramos os postos de saúde sem médico, na nossa Cidade, sem medicação, a
população desassistida por falta de gestão na Saúde. Esperamos que isto não
aconteça e eu espero que, para o bem da cidade de Porto Alegre, que votou com
uma grande expressão em grande percentual no atual Prefeito, que ele cumpra o
que ele prometeu com essa gratificação que agora está vetando, e a base aliada
já se manifestou na CCJ pela manutenção do Veto Total, ou seja, este Projeto é
um engodo.
O Sr. Pedro Ruas: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento da oradora.) Eu quero cumprimentar V. Exa., Ver.ª Maria
Celeste, inclusive pelo fato de que, como boa observadora, verifica que o discurso
de campanha era um, e a prática, logo após a eleição, é outra. E esses dados
que V. Exa. traz à tribuna nos possibilitam votar com total clareza. Parabéns.
A SRA. MARIA CELESTE: Obrigada, Ver. Pedro
Ruas. Exatamente esta é nossa preocupação. Provavelmente o Líder do Governo vai
fazer a sua manifestação dizendo que o Prefeito irá enviar o Projeto
corretamente a esta Casa, mas eu não ouvi isso ainda, Ver. João Antonio Dib,
nesta tribuna. E espero que seja essa a vontade, efetivamente, para que o Ver. Dr.
Goulart possa manter a sua coerência no elogio ao Prefeito, pois até agora eu
não entendi o porquê do elogio, tendo em vista que o Veto a este Projeto é
total e a manutenção constatada pela redação da sua base aliada nesta Casa.
Tenho absoluta certeza de que o Veto não será derrubado, será mantido.
Portanto, este Projeto foi um engodo do Prefeito Fortunati. Obrigada, Sr.
Presidente.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em votação o
PLCE nº 006/12, com Veto Total. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) Nove votos SIM, 17 votos NÃO e 04 ABSTENÇÕES. Mantido o Veto Total.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr.
Presidente, eu só queria tirar uma dúvida sobre a votação anterior, se
possível. O senhor disse: “Está mantido o Veto”. Foi mantido o Veto, ele não
foi derrubado?
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Não, foi
mantido. Teria que haver 19 votos “sim” para derrubar o Veto. O Voto “não”
aceita o Veto.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Está bem, é
que gerou dúvida aqui.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1264/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 090/12, de autoria do
Ver. Valter Nagelstein, que
concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Henrique Wernik Feter.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Márcio Bins Ely: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Professor Garcia: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos
termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia
em 03-09-12.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em discussão
o PLL nº 090/12. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº
090/12. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 2710/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 127/10, de autoria da
Verª Maristela Maffei, que concede o título de Cidadã de Porto Alegre à senhora
Jussara Rosa Cony.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Pedro Ruas: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Verª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos
termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia
em 07-02-11.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em discussão o
PLL nº 127/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL
nº 127/10. (Pausa.) (Após apuração nominal.) APROVADO por 28 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1228/12 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 028/12, de autoria do Ver. Valter
Nagelstein, que concede a
Comenda Porto do Sol ao Sindimoto – Sindicato dos Empregados Motociclistas e
Ciclistas, em Veículos de Duas ou Três Rodas, Motorizados ou Não, de Porto
Alegre, Grande Porto Alegre e Região/RS.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica
para a tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Professor Garcia: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 24-10-12.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em discussão o
PR nº 028/12. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação o PR nº 02/12.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 3497/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 175/11, de autoria da
Verª Lurdes Ágata Guiconi, que
institui o Programa Hortas Comunitárias.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice
de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Idenir Cecchim: pela aprovação do Projeto;
-
da CEDECONDH. Relator Ver. João Bosco Vaz: pela aprovação do Projeto;
-
da COSMAM. Relatora Verª Fernanda Melchionna: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 10-09-12.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em discussão o
PLL nº 175/11. (Pausa.)
O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir
o PLL nº 175/11.
O SR. ADELI
SELL: Meu Caro Presidente, Mauro Zacher;
colegas Vereadores e Vereadoras, senhoras e senhores, quero fazer uma saudação
especial à Lurdes, que se encontra no plenário e que, quando assumiu o seu
mandato, apresentou este Projeto de Lei.
Queria lembrar às
senhoras, aos senhores e aos telespectadores que, no fim dos anos 1980, início
dos anos 1990, a Administração Pública Municipal tinha um programa
incrivelmente encantador, que se chamava Hortas Educativas. Faziam-se hortas
nas escolas. Era uma educação efetiva para aqueles jovens das escolas, que
puderam trabalhar a terra, puderam produzir e ter uma alimentação mais
saudável. Infelizmente, ao longo dos anos, isso foi se esvaindo e acabou que
nós deixamos de ter essas hortas educativas.
Quando eu tive o
privilégio de assumir a Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio,
com algumas comunidades organizadas, inclusive duas ou três da Lomba do
Pinheiro – a Marta Dueñas, que está aqui, me acompanhava na SMIC naquela época
–, fizemos, minha cara Lurdes, um conjunto de hortas comunitárias. Hoje,
lastimo profundamente que, na época, eu não tenha tido a ideia que V. Exa. teve
de formalizar isso pela Administração Pública Municipal como um programa da
municipalidade. E, agora, a Ver.ª Lurdes, em boa hora, vem colocar isso como um
programa do Município.
Estou aqui para
apoiar decididamente um Programa de Hortas Comunitárias em Porto Alegre,
mesclando com as hortas nas escolas, com pequenas plantações nas casas, com
atividades nas comunidades. Inclusive, existe uma legislação municipal muito
antiga, que a maioria talvez não conheça, que diz que todos os terrenos baldios
podem ser requisitados, Ver. DJ Cassiá – vejam que esta Câmara aprovou coisas
importantes, pena que não tenham sido colocadas em prática –, para fazer
hortas.
Aqui nós temos dois
Engenheiros Agrônomos, o Todeschini e o Comassetto, que sabem da importância do
cultivo e da educação para a sustentabilidade. E as hortas são fundamentais
para que a gente crie em Porto Alegre o início de uma grande caminhada para uma Cidade
efetivamente verde. Nós temos muitas árvores; infelizmente, já disse muitas
vezes aqui, que não são devidamente cuidadas: deveríamos ter podas preventivas,
deveríamos ter cuidado com as doenças que as atingem.
Vou protocolar aqui um Projeto antes da minha
saída, propondo um prêmio, O Amigo do Verde, para incentivar, especialmente, a
adoção de praças, que não é simplesmente plantar uma árvore a mais ou cuidar da
grama e de sua limpeza: é também cuidar das flores que já existem. Proponho que
o cravo-do-mato seja a flor símbolo de Porto Alegre – tão fácil de ser
cultivada –, porque ela nasce e cresce em qualquer lugar, porque se alimenta,
inclusive, de ar, não precisa de cuidado maior, e é uma flor maravilhosa. Nós
temos que cuidar também para que existam flores, folhagens, nas praças, nas
rótulas, nos canteiros.
Por isso estou aqui decididamente, minha cara
Lurdes, não só para dar meu voto no painel eletrônico, mas para fazer um apelo
aos meus colegas Vereadores e Vereadoras para que aprovemos este Projeto, e
para que possamos, não só através do Poder Público Municipal, mas também da
iniciativa privada, das Organizações Não Governamentais, ter essas hortas. E
nós as teremos, Porto Alegre será a Cidade verde, será a Cidade da sustentabilidade,
e um dia também será a Cidade das flores. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
discutir o PLL nº 175/11.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente,
Srs. Vereadores, na Exposição de Motivos, a Ver.ª Lurdes diz (Lê.): “Nesse
sentido, propomos a criação do Programa Hortas Comunitárias, que deverá
destinar um percentual de áreas públicas localizadas nos bairros populares e na
zona rururbana do Município de Porto Alegre para a implantação de hortas
comunitárias para o cultivo de ervas medicinais e árvores frutíferas e para a
instalação de infraestrutura capaz de abrigar oficinas de atividades afins,
cozinha experimental, salas de instrução, salão comunitário, sanitários,
vestiários, depósitos e salas de apoio administrativo. Assim, serão
contempladas comunidades carentes do Município, será equacionada a deficiência
alimentar e serão resgatados valores culturais esquecidos. As comunidades, por
meio de suas associações comunitárias, poderão requisitar ao Município a
referida área pública, por tempo determinado ou até a destituição da
associação. A permissão de uso poderá ser utilizada sem onerar o Município,
transferindo ao permissionário o direito de ocupação temporária”.
Senhoras
e senhores, este é um Projeto simples, mas importante. Importante e de alto
significado, porque, como muito bem diz a proponente, a Ver.ª Lurdes, resgata a
cultura.
Eu,
quando vou a uma vila da Cidade, pergunto quem dali é de Porto Alegre. Você vai
ter a resposta que 80% ou mais das pessoas não são originárias de Porto Alegre.
Elas vieram do Interior, no êxodo rural. E assim é toda a nossa periferia!
Todas as vilas, os morros, as ocupações, as AEIs, a grande maioria da população
é originária, oriunda de áreas interioranas do Estado e de áreas ligadas à
agricultura; portanto, são produtos do êxodo rural. A proposta de ter hortas
comunitárias é o resgate da cultura, mas também do saber fazer, do resgate da
tradição e da possibilidade de produzir alimentos. Eu lembro que, quando eu
estava na Prefeitura, na Direção-Geral do DMAE, tinha uma parceria muito grande
com o Fome Zero, em que um dos braços eram as hortas comunitárias.
Minha cara Lurdes e todos os assistentes aqui, é
bom lembrar, por exemplo, que lá no DMAE nós experimentamos, no entorno da
Estação de Tratamento de Água Belém Novo, fazer um aproveitamento do efluente,
combinado com a produção de arroz orgânico, arroz sem veneno, aproveitando os
nutrientes da água, e o resultado foi extraordinário. Nós produzimos, em menos
de dois hectares, numa terra que era completamente crua, mais de dez toneladas
de arroz que sumiram da Prefeitura, que sumiram do DMAE, e o DMAE acabou com o
projeto. Agora, há pouco tempo, andaram em Israel, para aprender a fazer o
reaproveitamento de efluentes, sendo que o que nós fizemos tinha atestado da
UFRGS, tinha atestado da Emater e tinha atestado do DMAE tanto no quesito
produção, como no quesito descontaminação de nutrientes de águas de ETE e com um
resultado extraordinário. Foi tudo jogado no lixo! Eu tenho os documentos,
estão todos aqui comigo! O DMAE simplesmente jogou tudo no lixo, jogou fora e
desapareceu com dez toneladas de arroz! Esse é o tratamento que a Prefeitura
tem dado às coisas que eram boas e que apontavam para um futuro promissor! É
lamentável, gastaram dinheiro indo a Israel aprender a fazer coisas que nós já
fazíamos aqui, e que eram consagradas e de alta qualidade!
Portanto, Lurdes, agora, com esse teu Projeto
transformado em lei, quem sabe nós vamos tornar a ter uma esperança. Nós
podemos aproveitar os resíduos das ETEs, as águas servidas, porque têm muitos
nutrientes. Tem muitos lugares em que essa água é aproveitada in natura, sem tratamento, e nós, com
tratamento, podemos fazer agricultura, sim, para determinadas espécies. Nós
podemos aproveitar muito material de resíduo orgânico doméstico, compostado
para fertilizar as hortas; enfim, podemos fazer um aproveitamento sustentável,
ajudando a produzir alimentos para o nosso povo. Espero que isso mude!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para
discutir o PLL nº 175/11.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores
presentes, nossos telespectadores e ouvintes; nós estamos tratando da discussão
do Projeto que institui o Programa Hortas Comunitárias. Houve Pareceres
favoráveis da Comissão de Constituição e Justiça, Ver. Bernardino Vendruscolo;
da CEFOR, Ver. Cecchim; da CEDECONDH, Ver. João Bosco, e da COSMAM, Ver.ª
Fernanda Melchionna; todos os Pareceres são favoráveis ao Projeto. Portanto, é
um belo início da nossa caminhada para aprová-lo aqui.
Estou aqui primeiramente para dizer da importância
desse Projeto e da importância da autora do Projeto, a amiga, parceira,
companheira de Partido, Lurdes, da Lomba do Pinheiro, que aqui está,
conhecedora com profundidade do tema que apresenta e conhecedora atuante,
dedicada à causa das populações mais carentes da cidade de Porto Alegre. Por si
só, isso revela que o Projeto tem como autora uma Vereadora que está preparada
aqui em Porto Alegre – desde os velhos tempos de Interior, minha cara Lurdes –
para encaminhar um projeto nesses termos – a horta comunitária, a possibilidade
de a cidadã e o cidadão de Porto Alegre aproveitarem terrenos baldios do
Município. Aliás, eu acho que isso poderia ser estendido para a iniciativa
privada, naqueles terrenos baldios, porque isso é bom para a Cidade. Eu quero
falar, até ouvindo primeiramente o Ver. Adeli Sell, sobre a ideia da adoção da
praça. O que acontece, Ver. Brasinha? Faz-se uma festa, uma grande empresa vai
lá: adotou a praça! É a coisa mais pomposa que já vi. Dez dias depois, a praça
é abandonada. Eu fiz um Projeto, é lei em Porto Alegre, acho que nunca se
divulgou isso, que autoriza a adoção de um pequeno espaço de canteiro para
viabilizar a adoção também ao pequeno comércio, ao pequeno empresário; mas
adotar com responsabilidade. Essas adoções que hoje são uma festa para dizer
que está bem e, depois, esquecer não me servem! Por isso o Projeto de Lei da
Ver.ª Lurdes é importante também nesse sentido: dá-se a oportunidade de o
cidadão estar aí, mas se coloca junto a associação para que tenha participação
e para que também cobre. Não adianta nós criarmos a praça, plantar flores,
verduras e, depois, abandonar. Por isso a ideia é muito boa, vamos aprovar o
Projeto. É uma oportunidade ímpar que eu tenho aqui de trazer um velho e forte
abraço, mais uma vez, à minha querida amiga Lurdes Ágata, da Lomba do Pinheiro.
E te cumprimentando, Lurdes, cumprimento os moradores não só da Lomba do
Pinheiro, mas da periferia da cidade de Porto Alegre. Um abraço, estamos
pedindo que todos votem a favor do Projeto, porque ele é muito bom e vem de uma
pessoa que tem vivencia, convivência e experiência de longa data nessa área. Um
abraço a todos e obrigado, meu Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra
para discutir o PLL nº 175/11.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras,
senhoras e senhores; o Projeto de Lei que institui o Programa Hortas
Comunitárias é muito simples, mas tem uma profundidade, um alcance e uma
possibilidade de auxiliarmos a resolver muitos problemas nas comunidades.
Cumprimento a Lurdes, uma líder comunitária, que mora e trabalha pela
comunidade na Lomba do Pinheiro, e digo que esse Projeto que institui o
Programa Hortas Comunitárias a ser implantado nos bairros populares, ou seja,
na periferia, ou mesmo em zonas mais nobres, por que não... Se nós fizermos as
hortas comunitárias e envolvermos as comunidades num processo de educação
ambiental, todo o lixo orgânico que sai das residências pode ser transformado
em adubo orgânico. Isso vai evitar que os caminhões carreguem, gastem recurso
público, poluam para levar os resíduos orgânicos. Nós sabemos que são centenas
de pessoas que fazem a limpeza do seu pátio, que juntam os resíduos de comida,
que são orgânicos, e misturam, inclusive, com o lixo seco, gerando
contaminação. Se nós fizermos um projeto de hortas comunitárias, e não existe
nenhum projeto de horta comunitária que não tenha um canteiro de plantas
medicinais que possamos ter ali, e os temperos e condimentos,
porque é inconcebível, prezada Lurdes, nas comunidades onde tem terra, onde tem
matéria orgânica, que às vezes as famílias não tenham um tempero verde para
colher! Isso é inconcebível sob o ponto de vista da vida. Se tivermos ali um
tempero verde, um pé de alecrim, um pé de manjericão, isso estará feito, já
dará para fazer o pesto e ter os
temperos necessários.
Ver. Dib, estamos
tratando de um projeto simples, mas que trata da vida. Recentemente, um amigo
meu fez uma viagem a Portugal e à Espanha, e a sua esposa me disse que o que
mais a impressionou nesses países considerados de Primeiro Mundo foi o fato de
eles não terem jardim. Em vez de jardim, eles têm uma horta em frente de casa.
Todos produzem verduras e hortaliças.
Quando eu vim para
Porto Alegre, na primeira e grande gestão da Administração Popular, com o
companheiro Olívio Dutra, eu coordenei um programa no Município chamado Hortas
Educativas, em que as redes de escolas municipais construíam hortas. Com esse
trabalho de hortas, aprende-se biologia, matemática, geografia, as quatro
estações, o movimento do sol, a questão da necessidade da água, os
microorganismos... Então, é esse o Projeto. Ele tem um alcance muito grande,
mas precisamos fazer com que esse Projeto se torne realidade se aprovado e que
junto com isso venha um programa de educação ambiental e um programa de
reciclagem de lixo orgânico, para que as pessoas nas suas comunidades
constituam as suas composteiras, para elas transformarem todos os resíduos que
hoje contaminam as águas, os rios e os mananciais em energia e em alimento,
através das hortas educativas. Portanto, Lurdes, conte com o apoio da nossa
Bancada, com a Bancada do Partido dos Trabalhadores. Um grande abraço. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver.
Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir o PLL nº 175/11.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr.
Presidente, Ver. Mauro Zacher; Srs. Vereadores; Sras. Vereadoras, eu quero
cumprimentar a nossa colega Ver.ª Lurdes pelo seu Projeto e seguir na linha dos
colegas que aqui falaram. Um dos primeiros que falou foi o Ver. Adeli Sell –
somos da mesma região. O Ver. Adeli, sua cidade é em Santa Catarina, mas faz
parte da Grande Iraí, da Grande Frederico Westphalen. Lá na nossa terra,
Lurdes, não se planta sagu – tem lugares aí que eles plantam sagu, fazem a
colheita do sagu.
O seu Projeto é
altamente pedagógico. O Ver. Tarciso está rindo, porque eu falei a ele que
aqui, no Rio Grande do Sul – e o Tarciso é mineiro, está há muitos anos aqui,
mas não conhece todas as regiões do Rio Grande do Sul –, há cidades que plantam
pé de melancia, cuja árvore dá mais ou menos 20 ou 30 metros, e isso, muitas
vezes, causa acidentes no período em que as melancias estão maduras e caem,
evidentemente.
Brincadeiras à parte,
Lurdes, o seu Projeto é altamente pedagógico. O seu Projeto pode desencadear em
nossos jovens, na população em geral, um outro sentimento, que é cultivar e
cultuar aquilo que nós botamos em nossa mesa todo santo dia. Muitos jovens não
conhecem um pé de milho, um pé de batata-doce – perdeu-se muito isso. Isso não
é difícil, especialmente para quem mora em casa. Em qualquer espaço, em um
metro quadrado de terra é possível fazer uma horta e ter radite e tempero verde
o ano todo.
Então, o seu Projeto
é altamente criativo, altamente pedagógico e pode ser o início da
conscientização da sociedade de um modo geral – não só dos governos – de se
passar a valorizar mais o culto às hortaliças, ao nosso alimento do dia a dia.
Então, quero
cumprimentá-la. Não é um projeto singelo – para mim, não é. É altamente
positivo, é grandioso, porque traz, no seu bojo, alguma coisa assim muito
particular de cada um de nós. O Vereador que me antecedeu falou que a maioria
dos Parlamentares aqui tem a sua origem no Interior do Estado; eu também a
tenho. Por isso, lá na minha casa, eu tenho horta, enfim, sou apaixonado pela
proposta. Quero lhe dizer que seguidamente viajo para o Interior e vejo que se
perdeu isso também no Interior do Estado. É muito comum nós presenciarmos, no
Interior, as pessoas que moram nos lugares mais retirados dos centros das
cidades, das pequenas cidades, irem à cidade comprar hortaliças. Então,
perdeu-se também isso no Interior, e V. Exa. traz esta ideia, este grande
Projeto aqui para a Cidade. Eu tenho certeza absoluta de que nós não teremos
condições de dimensionar o tamanho da beleza e das coisas boas que, com o
tempo, nós vamos colher com o seu Projeto. Então, parabéns, Lurdes, parabéns
mesmo.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): A Ver.ª Sofia
Cavedon está com a palavra para discutir o PLL nº 175/11.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Ver. Mauro Zacher,
Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, público que nos acompanha, primeiro, quero
dizer, Ver. Dib, que estou muito feliz com o encaminhamento que construímos em
relação às Repots. Acho que esta Câmara ouviu a sociedade, percebeu que nós
temos divergências nas diferentes Bancadas, e nós teremos uma excelente reunião
na próxima terça-feira, às 14h, tenho certeza, que vai dar efetividade à boa
ideia de estimular a vinda de empresas e o desenvolvimento tecnológico em Porto
Alegre.
Em segundo lugar,
quero também publicizar aqui que, amanhã, às 10h30min, haverá a reunião da
Relatoria do Orçamento. É importante, e nós queremos fazer um bom debate sobre
o Orçamento de 2013.
Mas, Lurdes, agora
falo sobre o Programa Hortas Comunitárias tua proposição. És companheira
militante de todo dia e de muitos anos na Lomba do Pinheiro, mas do movimento
popular, do movimento comunitário, do movimento pela moradia, do movimento pela
Saúde, e trazes aqui um tema que eu considero muito relevante. A Lomba teve uma
experiência lindíssima de horta comunitária quando da política nacional, a
primeira política do Fome Zero, do Governo Federal, quando Porto
Alegre teve o seu comitê de enfrentamento Fome Zero, quando Porto Alegre
instalou as Cozinhas Comunitárias. Isso já foi há 8 anos. Não existem hortas
comunitárias que subsistam, sobrevivam sem uma política governamental de
incentivo, sem um circuito organizado, impulsionado, estimulado pelo Poder
Público junto à sociedade civil de produção e escoamento do alimento e de
potencialização educativa das hortas comunitárias. Uma horta não vai alimentar
uma população, mas pode produzir inúmeros efeitos educativos. Há outras ações
de valorização da produção rural e familiar da cidade de Porto Alegre. Por que
Porto Alegre não compra ainda alimentação escolar, não compra dos agricultores
da agricultura familiar? Por que Porto Alegre não faz isso? Tem incentivo
federal para isso, tem legislação dando suporte legal para, em vez de comprar
por pregão, por exemplo, legumes de São Paulo ou da CEASA importados, comprar
diretamente da nossa agricultura familiar, quiçá das hortas comunitárias. Não
existe essa política, porque não há vontade política para isso, não tem uma
organização para isso.
Nós fizemos, em 2004, uma experiência-piloto
maravilhosa na Zona Sul, quando três escolas acabaram comprando de 21
agricultores, com uma pareceria SMED/SMIC. Toda semana entravam legumes novos,
e as crianças conheciam as chácaras. É uma política exemplar de valorização e
de educação, valorização da nossa produção familiar, da produção orgânica, da
produção diversificada de legumes e frutas próprias do nosso Município. Ao
mesmo tempo, é uma valorização da educação enquanto lugar de aprendizagem dessa
alimentação saudável, lugar de valorização da produção própria de alimento, da
produção caseira. É um alimento com menos agrotóxico e mais barato; é ainda um
ensino de que uma família pode, em pouquíssimo espaço, produzir a sua hora.
Infelizmente – infelizmente –, a cidade de Porto Alegre abandonou essa política
sistêmica. Nós temos, até hoje, Ver. Nedel, cozinhas comunitárias fechadas,
empoeiradas, não usadas, lindas, maravilhosas, que o Governo Federal comprou e
colocou em Porto Alegre fechadas! Como é na Casa Brasil, aqui na Rua
Voluntários da Pátria, assim como as hortas comunitárias terminaram em Porto
Alegre por absoluto abandono do Governo Municipal. Terminaram, encerraram, Ver.
Nedel. Infelizmente, a horta linda que tínhamos na Lomba do Pinheiro está um
mato, muitas vezes mal ocupada, ocupada para outras situações que nós não
desejamos. Então, Ver.ª Lourdes, parabéns! Nós vamos votar a favor. É um
Projeto singelo, mas é um Projeto que empurra uma cadeia, uma política muito
acertada de alimentação e de valorização da agricultura familiar.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Não há mais Vereadores inscritos para discutir a
matéria. Em votação o PLL nº 175/11. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher – às 16h29min): Está encerrada a Ordem do Dia.
Passamos à
PAUTA
- DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 3915/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 053/11, que denomina Rua da Inovação Padre Landell
de Moura o logradouro público cadastrado. Com Emenda nº 01.
2ª
SESSÃO
PROC.
Nº 2042/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 156/12, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Laudemiro Veiga Rodrigues o logradouro público não cadastrado
conhecido como Rua C – Conjunto Residencial Alto Petrópolis.
PROC.
Nº 2452/12 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 045/12, que altera o art. 1º da Lei nº 5.968, de
20 de outubro de 1987, que declara de utilidade pública a Associação Brasileira
dos Analistas do Mercado de Capitais/Extremo Sul (ABAMEC/SUL).
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra
para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Valter Nagelstein está com a
palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente.
A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir a Pauta.
(O Ver. Carlos Todeschini assume a presidência dos
trabalhos.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Ver. Carlos Todeschini, presidindo os trabalhos; Srs. Vereadores e
Sras. Vereadoras, a nossa Pauta, hoje, está bem singela, mas enseja um debate
interessante, porque, de novo, há Projeto designando nome de rua e Projeto que
declara de utilidade pública a Associação Brasileira dos Analistas de Mercado.
Eu quero aproveitar essa questão da designação de nome de rua para, de novo,
fazer uma reflexão no sentido de que esta Câmara, talvez, ainda não tenha
conseguido produzir na cidade de Porto Alegre: de como nós estamos induzindo,
na cidade de Porto Alegre, a nossa organização urbana, o nosso desenvolvimento
urbano; que instrumentos nós estamos criando para que a cidadania incida sobre
a cidade onde moramos.
A nossa experiência de Copa do Mundo será sui generis. Nós já temos experiências,
leituras e avaliações de outras cidades que receberão a Copa e não são as que
são douradas, muitas vezes, em discursos nos meios de comunicação e nas
tribunas. A Copa do Mundo, na verdade, não é uma oportunidade de
desenvolvimento das cidades quando os gestores não pensarem as suas cidades com
a principalidade dos seus problemas. Ela, na verdade, é uma grande oportunidade
de negócio, e negócios não são bons conselheiros para o desenvolvimento de uma
cidade. A pura oportunidade de um negócio pode induzir mais estratificação
social, pode induzir mais segregação social, pode induzir mais violência, pode
induzir uma cidade “guetizada”, pode induzir uma cidade que concentra riquezas,
privilégios, e que paralisa a cobertura de políticas públicas para o conjunto
da população.
Então, os últimos projetos que vínhamos votando
nesta Cidade não são projetos, na minha opinião, que vão aproveitar a
oportunidade Copa como uma oportunidade de desenvolvimento integral da nossa
Cidade. Se nós olharmos no tema, de onde estão sendo colocados os incentivos em
nome da Copa, nós vamos identificar claramente que são apenas, e
exclusivamente, no eixo central da cidade de Porto Alegre. É um eixo que já é
extremamente privilegiado, seja pelo valor da terra, pelo valor dos
apartamentos, seja pelo acesso ao comércio, aos bancos, às oportunidades de
emprego, à cultura. Esse eixo central da Cidade é um eixo muito privilegiado, e
é ele que, de novo, está recebendo os grandes incentivos da Copa do Mundo, os
grandes incentivos de índices construtivos que aqui foram votados, sejam para
os dois grandes projetos, da Arena e do Inter, sejam para as obras vinculadas à
Copa: Tronco, Perimetral, Humaitá. É no mesmo perímetro onde já há muito
privilégio de acesso à política pública. Nós estamos concedendo índices
construtivos, e fizemos isso em três projetos, pelo menos no último mês e meio,
ou dois meses, e esses índices construtivos não estão gerando riquezas para,
por exemplo, possibilitar o desenvolvimento da habitação popular.
Então, essa é uma escolha nefasta, a oportunidade
da Copa está desenvolvendo, fundamentalmente, o centro da Cidade, e não gera
dividendos públicos porque a gestão da Cidade abre mão de receitas ao conceder
incentivos, ao conceder índices construtivos sem cobrar. Abre mão dessa receita,
que poderia reverter em saneamento básico, que poderia reverter em equipamentos
públicos ligados ao esporte, em recursos ligados ao esporte, que, afinal, é o
mote da Copa do Mundo. Este é o debate que faço pelo ensejo da denominação dos
nomes de ruas, que é uma tentativa de identificação, de dignidade para os
moradores, mas a Copa não pode ser uma grande oportunidade de negócios para
quem já acumula muita riqueza; ela tem que ser uma oportunidade para a política
pública ser fortalecida, para todos!
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Está encerrado o período de discussão de Pauta.
Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 16h35min.)
* * * * *